
Quando pensamos em Milão, uma das capitais da moda e do design mundial, visualizamo-la como uma cidade elegante. E acaba por ser isso mesmo. Apesar de ser considerada uma cidade discreta e simples para visitar, há atrações imprescindíveis que a tornam especial.
É a segunda maior cidade de Itália, na região da Lombardia, rica em cultura e história e, embora seja muito grande, a parte mais turística está concentrada numa área relativamente pequena que permite visitá-la facilmente em 2 dias.
Como Chegar
Existem 3 aeroportos perto da cidade: Milão-Malpensa, Milão-Linate e Milão-Bérgamo (oficialmente Aeroporto de Orio al Serio e o preferido da maioria das companhias low-cost).
A viagem a Milão decorreu no início de Abril de 2014. Aterramos no aeroporto de Milão-Bérgamo, através da Ryanair, sendo que, esta companhia aérea, recorrentemente lança voos muito económicos entre Porto e Milão. Este aeroporto, embora seja longe de Milão (45km), tanto a distância quanto o tempo de trajeto são muito similares ao de Milão-Malpensa (o mais importante da cidade).
A forma mais fácil para chegar ao centro de Milão, desde o aeroporto de Milão-Bérgamo acaba por ser também a forma mais económica:
- autocarro Terravision – paragem final na Estação Central; duração de 60min; preço de 6€/viagem (se reservar no site on-line tem desconto de 1€).
Transportes
Milão tem uma rede de transportes públicos muito eficiente e os bilhetes podem ser utilizados no autocarro, metro e comboio (bilhete para 1h – 1.50€; bilhete para 24h – 4.5€; bilhete para 48h – 8.50€). No entanto, se o seu alojamento for central, muito provavelmente não haverá necessidade de os utilizar pois o trajeto para visitar as principais atrações turísticas pode ser realizado a pé.
O que visitar em Milão em 2 dias:
1.Praça do Duomo (Piazza del Duomo)

Localiza-se no coração da cidade e pode ser um ponto de partida para a visita. Muito movimentada pois está rodeada por restaurantes e atrações turísticas (Duomo e Galeria Vittorio Emanuele II). Tanto de dia como de noite, pode colocar-se no centro da praça e admirá-la em todo o seu redor.
2. Catedral de Milão (Duomo)

Mais conhecida como o Duomo di Milano, é uma catedral em estilo gótico cujo exterior está revestido de mármore branco rosado e a sua parte superior termina numa infinidade de torres com estátuas que contemplam a cidade. Para visitar a Catedral é necessário ter em conta que é obrigatório ter os ombros e joelhos cobertos. No seu ponto mais alto está uma estátua da Virgem Maria, em cobre dourado (Madonnina), um símbolo de Milão.

Na parte superior da Catedral, foi criado um terraço panorâmico que ocupa praticamente todo o telhado, onde se pode comtemplar uma vista espetacular da cidade e ver as esculturas das torres mais de perto.
É possível subir ao terraço pelas escadas ou pelo elevador (mais caro). Preferimos subir pelas escadas que são bastante confortáveis e que nos permitiu ter uma visão mais permenorizada da arquitetura desta catedral, um caminho tão interessante que se tornou rápido (preço de 8€).



Catedral: Todos os dias, das 8:00 às 19:00 horas.
Terraço: Todos os dias, das 9:00 às 19:00 horas.
3. Galeria Vittorio Emanuele II

Acaba por ser um centro comercial mas com uma arquitetura única. Acolhe restaurantes e as lojas de marca mais famosas e elegantes de Milão.
No centro da Galeria, existe um octógono no chão com um mosaico que ilustra o brasão e o famoso touro que representam a cidade de Turim. É tradição dar três voltas completas com o pé direito e os olhos fechados por cima dos testículos do touro. Reza a lenda que trará sorte. Verdade ou mentira à parte, lá cumpri a tradição (não fosse ter um azar e ficar a pensar nisso) e fiz figura de parva, felizmente, no meio de tantos outros parvos que o fazem.

Além disto, a nossa visita à Galeria não passou pelas famosas compras mas sim por um jantar, numa esplanada dentro da Galeria, um ambiente romântico e elegante, com gastronomia italiana de qualidade e a um preço acessível. O único imprevisto foi um item que veio na fatura designado Corpeto e com o custo de 16€. “Corpeto? Mas nós não pedimos isso?”, pensei eu. Pois bem, depois de perguntar ao funcionário do que se tratava fiquei a saber que este termo italiano refere-se ao preço que temos que pagar por utilizar os talheres, guardanapo, mesa e todo o espaço (café, bar, restaurante,…). Por isso, na maioria dos cafés italianos, há um preço para um café ao balcão e um preço para o café sentado, cuja diferença pode ser superior ao dobro do preço. Claro que não acontece em todos os restaurantes, mas mais vale tentar saber se o restaurante cobra isto.

3. Castelo Sforzesco

A uma curta caminhada de 1km da Praça do Duomo, podemos encontrar o emblemático Castelo Sforzesco, construído como uma fortaleza medieval e que, hoje em dia, abriga alguns dos melhores museus da cidade.
A visita inclui um percurso por todos os museus, por um preço de 5€, mas se visitar museus não faz parte dos planos da viagem, recomendo a entrada no castelo para conhecer o seu grandioso pátio central, aberto ao público de forma gratuita.

Castelo: Todos os dias, das 7:00 às 19:30 horas.
Museu: De terça a domingo, das 9:00 às 17:30 horas.
4. Parque Sempione

Ao atravessar o pátio do Castelo Sforzesco, vamos ao encontro do parque mais movimentado da cidade, o Parque Sempione, um enorme espaço verde que segue o estilo dos jardins ingleses.
Ideal para passear ou fazer um pic nic. Se o tempo permitir, porque não comprar um almoço rápido num supermercado ou numa barraquinha à volta do parque e fazer uma paragem para almoçar no parque?! Acaba por ser uma ótima forma de poupar dinheiro.
Dentro do parque, existe um lago e:
- Arena Civica – pequeno anfiteatro, inaugurado por Napoleão em 1806, onde atualmente decorrem provas de atletismo ou alguns concertos;

- Arco della Pace – é considerado o Arco do Triunfo milanês, mandado construir por Napoleão, para a sua entrada na cidade e para comemorar as suas vitórias. Anos mais tarde, tornou-se o símbolo da paz na cidade.

5. A Última Ceia

A última Ceia de Leonardo da Vinci é uma das pinturas mais famosas do mundo e pode ser contemplada na Igreja de Santa Maria delle Grazie. Como é uma atração muito concorrida o bilhete deve ser comprado no site on-line com antecedência. A visita é feita em grupos pequenos e permite ver bem a obra.


Terça a Domingo – 8:15 às 19:00 horas.
Segunda – fechado.
6. Navigli

Navigli é um bairro formado por canais de água. Atualmente restam 2 canais que acabam por se unir: Naviglio Grande (o canal mais antigo) e Naviglio Pavese.
Durante o dia, ao percorrer o caminho ao longo do canal que ganha vida com o reflexo das cores das suas casas coloridas, podemos atravessar pontes e visitar os mercadinhos, lojas de artesanato e livrarias. Acaba por ser mais calmo e autêntico já que a maioria dos turistas prefere visitar o bairro à noite, altura em que fica iluminado pelas luzes dos bares e restaurantes, que o transformam num dos bairros mais divertidos da cidade.
Milão é uma cidade perfeita como ponto para visitar outras cidades, tais como Verona (a 1h30), Veneza (a 2h30) ou Como (a 1h, sendo uma opção muito comum para os turistas pelo famoso Lago de Como).
Optamos por ficar alojados perto da estação central, uma área de Milão que tem crescido muito nos últimos anos. No entanto, de central não tem nada pois ainda fica deslocada do centro, mas como a nossa ideia era ficar junto da Estação Central para apanhar o comboio para Veneza de manhã cedo, acabou por ser o ideal. No último dia da viagem, o nosso roteiro passava por visitar o Lago de Como, comprámos os bilhetes de comboio (5€), mas devido a um atraso de 2h, optamos por não ir pois tínhamos medo que acontecesse o mesmo no regresso, uma vez que, o nosso voo era no final da tarde. Nasceu assim um motivo para regressar a esta cidade. Até à próxima viagem Milão!
Uma opinião sobre “Visitar Milão: dicas de viagem “à milanesa””