Roteiro Escandinávia: Dinamarca, Noruega e Suécia

Sempre tive muito interesse em visitar os países Nórdicos e quando pensava em fazê-lo este desejo era completado pela vontade de combinar vários destes países na mesma viagem. E para isso, de forma a rentabilizar tempo, nada melhor que escolher os mais próximos.

A região Nórdica é composta por 5 países e 3 regiões autónomas, mas como só tínhamos uma semana e o objetivo principal era visitar o norte da Noruega para tentar ver uma Aurora Boreal, decidimos combinar este país com mais dois, visitando as capitais da Dinamarca e Suécia.

Fascina-me a sua forma de vida, a arquitetura dos edifícios, as paisagens pitorescas e arrebatadoras. Sentia-me entusiasmada por pisar o Ártico, sentir as suas baixas temperaturas e nevões, conhecer a Lapónia e as sua renas e quem sabe até encontrar os Vikings :p

Íman Escandinávia

Peço desculpa pela fantasia, mas foi assim que vivi esta aventura de 8 dias que me levou a visitar a Escandinávia, região composta pela Dinamarca, Noruega e Suécia, países que se unem pelos seus fatores linguísticos e culturais e que no passado foram território Viking.

Além de ocuparem posições muito favoráveis na lista dos países com melhor qualidade de vida, os países Nórdicos têm o seu encanto característico e muito a oferecer. Desde opções mais urbanas a paisagens e fiordes incríveis, é acima do círculo polar ártico que a magia acontece com alguns dos mais bonitos fenómenos da natureza, entre eles as auroras boreais.

Esta viagem foi a 4, partilhada com um casal amigo o que a tornou ainda mais memorável e extra(fi)ordinária 😉

A viagem foi programada para o final de Fevereiro para apanhar a semana do Carnaval (dia de tolerância de ponto em Portugal) e assim, juntamente com os fins-de-semana, só gastámos 4 dias de férias e ficámos com 8 para a viagem. O fator que mais pesou foi também ser uma boa época para conseguir ver as Auroras Boreais.

Para ajudar na preparação e organização de um possível roteiro para estes países, aqui fica o nosso roteiro por Copenhaga, Oslo, Tromsø e Estocolmo.

A organização da rota

Os países estavam escolhidos, mas começar a viagem por qual? Esta é uma das partes mais importantes quando se pretende que o orçamento de um roteiro destes seja o mais baixo possível, mas tendo sempre em consideração que o tempo não deve ser desperdiçado.

Quem já leu outros roteiros “Do Tamanho do Mundo” sabe que para mim é fundamental que a rentabilização do tempo e do dinheiro andem de mãos dadas. Depois de pesquisar as opções mais viáveis e preços de deslocação entre os países, organizar esta rota não foi difícil.

O voo de ida mais barato desde o Porto era para Copenhaga onde ficámos 1 dia e meio (outro meio dia para a viagem). Desde Copenhaga conseguíamos chegar a Oslo de autocarro noturno que nos ajudou a não gastar tempo diurno na deslocação entre a Dinamarca e a Noruega (e sempre poupamos uma noite em alojamento).

Em Oslo ficámos 1 dia e no dia seguinte apanhámos um voo cedo para Tromsø onde ficámos 2 dias e meio. Pela sua localização “acima do círculo polar ártico” (extremo norte da Noruega), chegar a Tromsø de carro demora cerca de um dia. A não ser que queira percorrer a beleza da costa norueguesa, não é aconselhável (principalmente se o tempo for apertado) até porque, desde Oslo conseguem-se voos acessíveis para Tromsø.

Faltava chegar à Suécia e o preço do voo Tromsø – Estocolmo compensou a rapidez e permitiu termos 2 dias para visitar Estocolmo (mais meio dia para a viagem de regresso).

Como curiosidade, a amiga tinha pesquisado voos de ida e volta Porto – Tromsø (com escalas pois não há voos diretos) e o preço era praticamente o mesmo que gastámos nos voos todos que fizemos, com a diferença que assim visitámos 4 cidades em 3 países.

Se tiver interesse em ler outros roteiros, carregar aqui.

Dia 1 – Voos e chegada à Dinamarca

23/02/2020

O primeiro dia da viagem começou cedo no aeroporto, seguindo-se uma escala de 3h em Madrid antes de chegarmos ao destino final: Copenhaga. A rota dos voos foi a seguinte:

Esta companhia low cost só tem voo direto Porto-Copenhaga sazonal e quando reservei os voos em Outubro de 2019 para Fevereiro de 2020 não havia voo direto pela Ryanair. Contudo, penso que se viajar na primavera e verão já será possível. Pelos preços conseguidos a escala compensou e foi bem confortável.

Aterrámos no Aeroporto de Copenhaga (Kastrup) a meio da tarde e depois de uma viagem curta de comboio até à estação central de Copenhaga, rapidamente fizemos o check-in no hotel Steel House Copenhagen (30,5€/pessoa por noite).

Tivoli Gardens

Depois o ritual foi o mesmo de sempre: deixar as malas e aproveitar as poucas horas que restavam para iniciar a visita à cidade. Entretanto já escurecera (estávamos em pleno fevereiro) e a direção foi só uma: os Jardins do Tivoli (Tivoli Gardens).

Dia 2 – visitar Copenhaga

O dia foi muito bem aproveitado para explorar Copenhaga e visitar os seus principais pontos de interesse:

  • Porto de Nyhavn
  • Edifício Børsen
  • Rua Strøget e o centro histórico
  • Torre Rundetarn
  • Jardins do Rei (Kongens Have) e Castelo de Rosemborg
  • Bairro Nyboder
  • Fortaleza Kastellet
  • A pequena Sereia (Den Lille Havfrue)
  • Praça Rådhuspladsen

Antes do entardecer realizámos um passeio de barco pelos canais de Copenhaga que só não foi maravilhoso pelo frio que estava, no entanto, é uma ótima forma de fazer um reconhecimento da cidade e passar por mais alguns dos seus pontos de interesse, dos quais destaco:

  • canal Frederiksholm
  • o mítico bairro de Cristiania (Christianshavn)

O dia foi longo e só terminou no autocarro da meia-noite que nos levaria até à Noruega numa viagem de 8 horas que prometia ser de descanso, mas que acabou por ser mais atribulada do que aquilo que pensávamos.

Dia 3 – adormecer na Dinamarca, acordar na Noruega e visitar Oslo

E era mesmo isto que nós só queríamos: adormecer em Copenhaga e só acordar quando chegássemos a Oslo. Já tinha feito uma viagem longa noturna na Tailândia e realmente o autocarro era espaçoso, com inclinação de pés, televisão individual, manta, comida,…

Este autocarro da Flixbus Copenhaga – Oslo (31€) também era suposto ser “noturno”, mas de noturno só mesmo a hora em que circulava. Apesar do pouco espaço, com o cansaço até conseguíamos adormecer, não fossem as interrupções policiais.

Durante o percurso, o autocarro foi submetido 3 vezes a controlo policial, sendo que uma delas demorou cerca de 1hora.

Apesar de a direção ser Oslo, inevitavelmente o autocarro tem que atravessar uma parte da Suécia e quando entrou na Suécia foi mandado parar. A polícia entrou no autocarro e exigiu o documento de identificação a todos os viajantes e questionaram qual seria o nosso destino.

Pouco tempo depois, o autocarro foi fechado numa garagem e fomos obrigados a sair juntamente com as nossas malas. Foram criadas 2 filas para entrar numa porta onde fomos revistados e tivemos que abrir as malas para eles inspecionarem. O autocarro estava cheio e por isso demorou algum tempo. Não houve nenhum incidente e foi possível retomarmos a viagem.

Ao atravessar a fronteira norueguesa o autocarro foi novamente parado, entraram polícias e cães, mas desta vez só pediram a identificação e fizeram algumas questões enquanto os cães farejavam pelo autocarro.

Já amanhecera quando chegámos a Oslo e antes de sairmos do autocarro a polícia realizou o último controlo.

Depois de um pequeno-almoço para nos dar alguma energia percorremos algumas ruas de Oslo até chegarmos ao hotel Verdandi Oslo (35€/pessoa por noite) que foi impecável e deixou-nos realizar o check-in antecipado. Assim ainda foi possível descansarmos até ao almoço para depois visitarmos alguns dos pontos de interesse:

  • Parlamento Norueguês (Stortinget)
  • Teatro Nacional (Nationaltheatret)
  • Palácio Real de Oslo (Det kongelige slott)
  • Rua Karl Johans Gate
  • Catedral de Oslo (Oslo Domkirke)
  • Praça Stortovet
  • Cemitério Var Frelses Gravlund
  • Praça Jernbanetorget
  • Ópera (Operahuset)
  • Parque Vigeland (Vigelandsparken)
  • Câmara Municipal (Rådhuset)

E foi ao sair para fotografar a cidade que me apercebi que a nossa máquina fotográfica não estava connosco. Depois dos momentos de pânico, parámos para pensar e a última vez que a utilizámos tinha sido na noite anterior ao jantar no Tivoli Food Hall. Só que isso tinha sido em Copenhaga e agora estávamos em Oslo, noutro país! Ligámos logo para lá e algum tempo depois foi-nos confirmado que a máquina tinha sido encontrada e estava guardada. Conto mais detalhes desta história no seguinte post do instagram.

Depois da tarde sem máquina, mas bem aproveitada veio o merecido descanso juntamente com as borboletas na barriga pelo destino do dia seguinte.

Dia 4 – Recebidos em Tromsø com uma tempestade de neve e Auroras Boreais

Ainda era madrugada quando o despertador tocou. Depois do check-out dirigimo-nos para a estação de metro para irmos para o Aeroporto de Oslo (Gardermoen). O nosso voo para Tromsø era bem cedo pela companhia aérea Norwegian (53€) e 2 horas depois aterrámos no Ártico sendo recebidos por um grande nevão.

Estávamos em êxtase por ali estar e ver nevar tanto, mas divididos entre o encanto e a preocupação pois significava que seria quase impossível ver a aurora boreal nessa noite.

Ainda íamos a meio da manhã, mas acabámos por ficar quase 3 horas “retidos” no aeroporto devido à grande tempestade de neve e vento que nem nos deixava caminhar fora do aeroporto.

Aproveitámos para almoçar e entretanto o tempo foi melhorando permitindo-nos apanhar o autocarro que nos levou até perto do nosso alojamento no centro de Tromsø.

Só pela viagem de autocarro já ficámos maravilhados com esta cidade rodeada de montanhas e coberta com centímetros e centímetros de neve acumulada.

Poderá ler todas as dicas para visitar Tromsø neste artigo.

Quando fizemos o check-in no complexo de Apartamentos Luxury Downtown (48€/pessoa por noite) acabámos por perder algum tempo deleitados com a vista privilegiada do apartamento, aquecer e preparar as coisas para a nossa “caça à aurora boreal”.

Tínhamos previamente reservado um tour para essa noite com a empresa Arctic Guide Service através do Get Your Guide.

No final da tarde, percorremos algumas das ruas de Tromsø para fazer o nosso típico passeio de reconhecimento da cidade e ambientarmo-nos à sua beleza. Comprámos o jantar para levar pois a noite ia ser longa.

À hora marcada lá estávamos no ponto de encontro para iniciar a nossa tour de “caça à aurora boreal”. Foi realizada de autocarro que se deslocou para fora da cidade de Tromsø no sentido mais a norte.

Depois de uma hora de viagem e apesar das baixas expectativas a Aurora Boreal lá apareceu a dançar no céu. Foi uma noite gelada, mas muito engraçada e que ficará gravada para sempre. Por volta das 2horas a neve regressou levando-nos de volta a Tromsø.

No seguinte post do instagram partilho um pouco desta experiência que será melhor relatada num futuro artigo sobre as Auroras Boreais.

Dia 5 – visitar Tromsø e a cultura Sami

As horas de sono não foram muitas, mas uma nova experiência esperava-nos. Pelas 10horas já nos encontrávamos no centro no ponto de encontro da tour que tínhamos reservado com a empresa Tromsø Arctic Reindeer através do site Get Your Guide.

Mais uma vez, fomos de autocarro, atravessámos para a outra margem do rio e afastamo-nos do centro da cidade em direção a uma zona montanhosa onde entramos num acampamento Sami e convivemos com este povo e as suas renas.

Tromsø está ainda inserida na lapónia Norueguesa, região habitada pelo povo Sami  (também conhecidos como Lapões) um dos maiores grupos nativos da Europa que habitam as zonas florestais, montanhosas e costeiras da lapónia e são criadores e protetores de renas.

Aprendemos um pouco da sua cultura e passado, alimentámos as renas, realizámos um passeio de trenó na neve, almoçamos e convivemos. Espero em breve poder contar melhor toda esta experiência Sami num artigo.

No início da tarde o autocarro regressava ao ponto de encontro inicial, mas nós pedimos para nos deixar junto à Catedral do Ártico onde aproveitámos para iniciar a visita dos locais de interesse desta cidade:

  • Catedral do Ártico (Ishavskatedralen)
  • Bairro de Tromsdalen
  • Teleférico (Fjellheisen)
  • Praça principal (Løkkekiosken)
  • Porto de barcos/Marina (Indrehamna)
  • Bairro dos pescadores
  • Igreja de Tromsø (Tromsø Domkirke)
  • Museu Polar (Polarmuseet)
Foto de Drone – da saga “não façam isto em casa”

Acima de tudo, o que mais nos agradou foi percorrer as suas ruas tão características e coloridas até ao anoitecer.

Relativamente às fotos de Drone, tenham em atenção as regras de Tromsø. Isto se não querem ter um carro da polícia a parar à vossa beira e a perguntar: “Are you driving the drone?” 😂 É claro que nós tivemos as regras em consideração só nos esquecemos é que a distância ao aeroporto varia com a localização em que te encontras ao longo da cidade. Já tínhamos voado o drone em outras zonas e sem problema pois estávamos mais distantes. Neste caso, o voo só durou 4 minutos e já tínhamos a polícia à nossa beira. Pediram o documento de identificação, entraram em contacto com a segurança do aeroporto e conversámos sobre a nossa viagem. Um momento que parecia interminável e eu só rezava mentalmente para não termos consequências más como uma multa ou ficar sem o drone. Depois de pedirmos mil desculpas e explicarmos que não tínhamos calculado bem a distância com o aeroporto eles entregaram os documentos e reforçaram a importância de não o fazer naquele sítio. Seguiram a sua vidinha e nós respiramos de alívio. Podia ter corrido muito mal, tivemos muita sorte com esses dois polícias que foram sempre simpáticos. Acredito que em outros países não nos livrávamos de uma multa quanto mais não fosse para ganharem dinheiro.

Dia 6 – Adeus Noruega, Olá Suécia

Uma manhã para recuperar energias e dar o último passeio pelas agradáveis ruas de Tromsø antes de apanharmos o autocarro em direção ao aeroporto onde, no início da tarde, nos despedimos desta fantástica cidade e da Noruega em direção a um novo país, a Suécia.

O voo Tromsø - Estocolmo (108€) foi através da companhia aérea SAS (Scandinavian Airlines System) e apesar de não ser barato foi o melhor em relação qualidade-preço.

Em 2 horas aterrámos no aeroporto de Estocolmo (Arlanda) e organizamos a nossa deslocação até ao centro em que optamos pelo autocarro do aeroporto (Flygbussarna) que nos deixou no terminal de autocarros de Estocolmo (Cityterminalen).

De lá optámos por caminhar até ao nosso hotel e apesar de não ser muito próximo foi bom para conhecermos as ruas da cidade.

Depois do check-in no hotel Malardrottningen Yacht (36€/pessoa por noite), aproveitámos para conhecer este hotel que despertou o nosso interesse por se tratar de um navio. No final do dia passeámos por esta zona com a finalidade de jantar.

Dia 7 – Visitar Estocolmo

O dia começou a nevar, mas no final da manhã o sol decidiu espreitar, então agarrámos a oportunidade e entre ilhas e ilhéus visitamos os seguintes pontos de interesse de Estocolmo:

  1. Ilhéu Riddarholmen (Ilhéu do cavaleiro)
    • Igreja de Riddarholmen (Riddarholmskyrkan)
  2. Ilha Stadsholmen (Cidade Velha/Gamla Stan e centro histórico)
    • Palácio Riddarhuset
    • Catedral de São Nicolau de Estocolmo (Storkyrkan)
    • Palácio Real de Estocolmo (Kungliga slottet)
    • Praça Stortorget Gamla Stan
    • Escultura Karl XIV Johans
    • Escultura Gustav III
  3. Ilhéu Helgeandsholmen
    • Parlamento da Suécia (Riksdagshuset)
  4. Ilhéu Skeppsholmen
    • Margens da ilha Skeppsholmen
    • Coroa na ponte (Skeppsholmsbron)
  5. Norrmalm (centro moderno)
    • Museu Nacional de arte (Nationalmuseum)
    • Parque Kungsträdgården
    • Igreja St. Jacobs (Sankt Jacobs kyrka)
    • Praça Sergels Torg
    • Praça Hötorget
  6. Ilha Kungsholmen
    • Câmara Municipal de Estocolmo (Stockholms stadshus)

No final da tarde, atravessámos as pontes que ligam a ilha Kungsholmen a Norrmalm e Norrmalm ao ilhéu Riddarholmen onde ficava o navio/hotel. Aproveitámos para descansar e depois do jantar ainda realizámos um “tour” pelas estações de metro de Estocolmo, consideradas a maior galeria de arte do mundo. A rota começou na estação de metro da praça Sergels Torg e foi a seguinte: T-Centralen, Kungsträdgården, Solna Centrum, Rådhuset, Stadion e por último Tecniska Högskolan.

Estação de metro Tecniska Högskolan

Dia 8 – Visitar Estocolmo e uma surpresa nos voos de regresso

Último dia da viagem, portanto há que aproveitar. O nosso voo de regresso era a meio da tarde e tínhamos apenas a manhã para visitar:

  • Ilha Södermalm
    • Passeio pelas margens de Södermalm
    • Miradouro Skinnarviksberget

Na hora do almoço pegámos nas nossas malas e caminhámos até ao terminal dos autocarros dizendo adeus às belas margens desta cidade. Para regressar ao aeroporto apanhámos igualmente o autocarro Flygbussarna (já tínhamos comprado inicialmente o bilhete de ida e volta).

ATENÇÃO, a informação que se segue é muito importante!

O voo de regresso era com escala de 3horas e a rota era a seguinte:

  • Estocolmo – Barcelona pela Ryanair (30€)
  • Barcelona – Porto pela Ryanair (27€)

Mais uma vez os preços foram baratos e a escala era muito confortável (rota de voos disponível à data da sua compra!). E se a viagem tinha corrido lindamente até ali, foi quando chegámos ao aeroporto de Estocolmo (Arlanda) e procurámos o nosso voo no ecrã das partidas que nos apercebemos que tínhamos feito asneira.

Não havia nenhum voo da Ryanair para Barcelona nem nenhum voo da Ryanair naquele aeroporto. Pesquisámos rapidamente na net pelo número do voo e vimos que estávamos no aeroporto errado.

Como tínhamos chegado a Estocolmo pelo aeroporto de Arlanda (o principal) comprámos logo o bilhete de autocarro de ida e volta para o centro e nem parámos para pensar que os voos de regresso não eram nesse aeroporto.

A Ryanair “opera em Estocolmo” a partir do Aeroporto de Estocolmo-Skavsta, mas que fica na cidade Nyköping, distanciado 100Km de Estocolmo.

Ponderámos rapidamente apanhar um táxi até esse aeroporto mas a previsão de tempo rondava 1h30 e iria quase coincidir com a hora de partida do voo. Era muito arriscado e caso perdêssemos esse voo a Ryanair só voltaria a ter voo dali a 3 dias.

Foi necessário parar para pensar e ver bem as hipóteses mais viáveis. Optámos por permanecer no aeroporto de Arlanda pois oferecia-nos muitos mais voos para conseguirmos chegar a Portugal. Depois de alguma pesquisa comprámos o voo de regresso através da Momondo (105€) com a seguinte escala:

  • Estocolmo – Lisboa pela TAP
  • Lisboa – Porto pela TAP

O voo para Lisboa foi ao final da tarde e a sensação de estar a embarcar num voo comprado há 2horas foi engraçada, mas dispenso repetição desta cena!!! Foi caso para pensar como é que 4 pessoas habituadas a viajar há anos não confirmaram o aeroporto de regresso???

Entre o incrédulo e o divertido, ainda deu para um dramazinho pela situação toda, mas que até acabou por ser resolvida muito bem e sem grandes impactos negativos (convenhamos que 100€ por um voo comprado em cima da hora até foi simpático). Temos que estar preparados para estas situações que também nos fazem aprender muito e que acabam por ser um “abre olhos” para nós e para outros.

Além de gastarmos mais dinheiro já só chegámos ao Porto na manhã seguinte o que implicou passar a noite no aeroporto de Lisboa.

Alimentação nos Países Nórdicos (como economizar)

Conhecidos por serem países com um nível de vida mais elevado, se os custos com a alimentação não forem regrados a viagem poderá sair do seu objetivo para um orçamento baixo. Apesar de as refeições num restaurante ficarem muito caras, o dinheiro que vai gastar com a alimentação vai depender das suas escolhas e é possível ter refeições mais em conta.

De acordo com um dos princípios desta viagem (apertar o orçamento), aqui ficam as dicas (que já dei no artigo sobre Tromsø) e que poderão ajudar a economizar na alimentação:

  • levar na mala algumas refeições pré-confecionadas (por exemplo as massas instantâneas “Pasta Pot” às quais só necessita juntar água quente);
  • levar snacks na mala para os lanches;
  • caso o seu alojamento lhe permita confecionar algumas refeições, poderá comprar produtos nos supermercados e sempre ficará mais barato;
  • todas estas cidades têm 7-eleven onde encontrará refeições rápidas e a preços mais acessíveis (pizzas, cachorros, empadas, massas frias, saladas, etc…).  7-eleven é uma cadeia de “lojas” da qual sou fã, que existe em vários países do mundo onde encontrará refeições rápidas, bebidas quentes e frias, pastelaria e padaria, snacks, entre outros e a preços acessíveis;
  • há sempre um McDonald´s para salvar o dia e a carteira (exceto em Tromsø);
  • utilize a plataforma Tripadviser para tentar perceber o nível de custo do restaurante que poderá escolher. Durante a viagem optamos poucas vezes pelo restaurante, mas o preço das refeições em restaurante rondou em média os 15€/pessoa).


Um pequeno resumo das respostas às questões que mais me colocaram sobre esta viagem/roteiro:

­­­­­­­­E assim terminou o nosso roteiro pelos países Escandinavos. Foi uma viagem muito especial, primeiro pelos companheiros maravilhosos, pelas experiências fantásticas e por último porque foi a última viagem antes do romper da pandemia Covid-19. Quando regressámos a 2 de Março de 2020, nunca pensámos que a situação iria tomar as proporções que tomou, muito menos que quase um ano depois (altura em que escrevo este artigo) ainda estaríamos a lutar contra este vírus.

Para 8 dias, sei que o roteiro é exigente e não permite “andar devagar”, mas correu muito bem, deu para aproveitar as cidades visitadas e rentabilizar os dias de férias anuais, pensava eu que para outras viagens :/

O que mudava? Era ter somado mais 2 dias e tinha visitado a Finlândia! Também gostava de ter tido mais tempo para visitar Estocolmo e é claro que à segunda não convinha errar no aeroporto.

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