
Quando viajamos desejamos muito que as coisas corram como planeado, que o tempo esteja bom, não perder nenhum meio de transporte, etc… mas e se ficarmos doentes? Poderá ser muito mais grave que uma tempestade e estragar a viagem.
Há situações que são inevitáveis, mas também há muito a fazer para prevenir e a saúde em viagem deverá ser uma das nossas principais preocupações. Por vezes, colocamos a nossa saúde em risco por falta de informação e ouvimos diferentes opiniões, por isso, nada melhor que ouvir os conselhos de quem realmente percebe. E para isso recomendo a consulta do viajante.
O que é a consulta do viajante?
É uma consulta que, antes da viagem, dá a conhecer ao viajante quais as medidas preventivas (proteção e higiene individual, higiene alimentar e medicação preventiva), medicação relevante e as vacinas obrigatórias (por uma questão de saúde pública) para destinos que comportam algum risco.
Informa quais as medidas a adoptar antes, durante e depois da viagem, de acordo com o destino, tipo de viagem e o próprio viajante.

Quando devo recorrer à consulta do viajante?
Para a Direção Geral de Saúde (DGS), sempre que viaja para países longínquos, fora da Europa, para recorrer a aconselhamento médico pré-viagem. Na prática, esta consulta está mais indicada em caso de viagem para países sub-desenvolvidos e ambientes rurais em África, sudoeste Asiático, América do Sul, América Central e ilhas do Pacífico.
Quando viaja, deve estar alerta sobre os cuidados a ter com a água e alimentos que ingere, como se proteger da picada de insectos e como se adaptar ao novo meio ambiente.
Em caso de dúvida, se há necessidade ou não desta consulta, aconselho a contactar o Centro de Vacinação da área de residência.
Quem realiza esta consulta?
A consulta de saúde do viajante, normalmente é realizada por um médico especialista em doenças infecciosas, medicina tropical ou saúde pública. No entanto, também pode ser realizada por outro médico no exercício das suas competências.
Onde é realizada esta consulta?
Esta consulta pode ser realizada, através do Serviço Nacional de Saúde (SNS), ao longo do país, num dos diversos Centros de Vacinação Internacional e em alguns Hospitais ou Centros de Saúde. Vai depender sempre da sua área de residência e pode consultar no site do SNS para saber o local, horário e contacto (ver aqui).
Outra alternativa será uma consulta num serviço médico privado ou um conceito mais inovador como a consulta do viajante online (Telemedicina).
A Consulta do Viajante em Telemedicina trata-se de uma consulta médica privada realizada por vídeoconferência, previamente marcada e a um preço acessível.
Para isso, recomendo a Andreia Castro, médica especialista em Medicina do Viajante e autora do blog de viagens ME ACROSS THE WORLD. Poderá marcar a sua consulta diretamente no blog, através de um formulário próprio. A Andreia entrará em contacto consigo num prazo máximo de 24h e a consulta será realizada no conforto da sua casa/trabalho, recebendo as receitas por e-mail (marcar aqui).
Com que antecedência devo ir à consulta?
Como qualquer outra consulta, tem que ser previamente marcada e deverá ser realizada com alguma antecedência (6 a 8 semanas antes da partida).
Se for através do SNS, é necessário ter em conta que só é realizada em determinados dias da semana, a sua procura está a aumentar e o tempo de espera pode ser demorado. Por isso, é melhor não contar que possa ser marcada de um mês para o outro, muito menos de uma semana para a outra.

Que documentos levar para a consulta?
Essencialmente, deverá levar o cartão de cidadão e o boletim de vacinas. Caso tome medicação habitual, esta deverá ser referenciada ao médico durante a consulta.
Quanto custa uma consulta do Viajante?
Pelo SNS, o preço equivale à taxa moderadora (5€). Num serviço privado pode variar entre 50€-80€. A consulta online ronda os 25€.
O custo da vacinação também varia com a taxa moderadora e com o tipo de vacina.
Para informação mais detalhada, aceda ao site do SNS.
Prevenir complicações e saber agir perante certas situações poderá fazer toda a diferença. Não arrisque, vá a uma consulta do viajante e siga as recomendações médicas.
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